domingo, 22 de setembro de 2013

“A fidelidade do joelho”...



                                            
                                                           A fidelidade do joelho”...

Pouco tenho procurado, muito tenho encontrado, estava aqui, estava ali, estava em todos os lugares... Das inúmeras perguntas que tenho feito, poucas respostas, é o que tenho obtido. E muitas pessoas nem sequer, pelo menos, sequer, tenham se, ou, perguntado a alguém. São simples as perguntas que, de modo geral, têm grandes efeitos de dominação, sobre nós, digo: classe dos dominados (povo de baixo status), pois os dominantes (povo de alto status), poucos são submetidos a esses efeitos.

São essas as perguntas: por que somos obrigados a fazer coisas absurdas, ridículas que são irrelevantes para a iminência obtenção do resultado ou, de tão pouca importância, como por exemplo, ser coagido a manter seu símbolo? É viver sob uma “condicional psicológica tácita”, como ser associados a pequenos e desnecessários estímulos para a sua conclusiva obediência. Não estou tentando criar um estado anarquista, pois de modo geral e literal, me fundamento da “ética” e “moral”, não me opondo contra elas, mas, isto é nítido que, a moral e seus estudos éticos são os mecanismos de onde se fundamentam para ditar essas regras exorbitantes, desgastantes, às vezes desnecessárias e de efeito repressor.

Para melhor entendimento, traçarei alguns pontos de efeitos “AMORAIS” recaídos sobre os cidadãos. Em uma das minhas pequenas pesquisas realizadas em dois restaurantes, um para a classe alta e o outro, para a classe baixa (os menos ricos). Em meio à pesquisa, pude constatar o inverso da moralidade entre ambos, no restaurante formal, um excelente garçom só poderia começar a trabalhar depois que passasse por uma vistoria, na qual era exigido: unhas bem cortadas, cabelos curtos e penteados e, de barba feita de forma que, não ficasse um fio sequer. Este mesmo garçom vai fazer uma extra no outro restaurante citado, ele consegue exercer o seu trabalho perfeitamente. O garçom que nunca antes pôde trabalhar de barba, nesse restaurante ele pôde.

Em outro exemplo, narrarei um pequeno caso fictício. Caso do professor advogado;
João Benedito estudou em escolas públicas, concluiu a faculdade de direito em universidade privada, aproveitou 100% do seu curso, é aprovado no primeiro exame da ordem, faz pós-graduação na USP e viaja para a Alemanha para estudar direito e filosofia do direito. Lá, ele faz mestrado em ciências políticas, doutorado em sociologia jurídica, pós-doutorado em direito constitucional e, ainda, estuda filosofia do direito. Cursos concluídos na Universidade Humboldt de Berlim (35º), melhor Universidade do mundo em direito.

João chega ao Brasil, ainda em mudança, ele pega um caso para resolver, seria uma ação de defesa na esfera penal. Ele como havia chegado a poucos dias de viagem, vai rever os amigos e, com isso, dorme por lá mesmo. No dia seguinte, seria o dia da sua audiência, João sem um terno para vestir e seu amigo como era bem maior que ele, não pôde empresta-lhe um terno. Sem tempo para chegar até sua casa, João decide ir como está: calça jeans, camiseta polo e tênis. Já na audiência, o juiz pergunta: quem é o advogado de defesa? João, logo se pronuncia como o advogado de defesa. O juiz levanta-se rapidamente, bate o martelo e fala em voz alta: para fora do meu tribunal, aqui não é uma balada para você vir vestido como quer!

O caso do professor advogado, foi um caso fictício, mas analise este, que é, um fato real: “A União deve indenizar em R$ 10 mil o dano moral sofrido por um trabalhador que teve que se retirar da audiência porque calçava chinelos de dedos. A sentença é da juíza Marize Cecília Winkler, da 2ª Vara Federal de Cascavel (PR). A União já apelou ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região. É costume do juiz que cancelou a audiência assim fazer quando as partes não trajam vestimentas adequadas. Cabe recurso. As informações são do Espaço Vital”. (http://www.conjur.com.br/2011-mar-04/uniao-indenizar-homem-teve-audiencia-adiada-usar-chinelo).

Então, voltando ao primeiro caso, o garçom com um pouco de barba desequilibraria a bandeja no primeiro restaurante citado? Ele com o cabelo um pouco maior, recepcionaria os cliente de formal informal, esdrúxula ou de qualquer outra forma ante-cidadão? E o caso do professor advogado, a camiseta, a calça jeans e o tênis condizem com o seu certificado, com o seu profissionalismo, conhecimento ou com a sua pessoa judicial e extrajudicial?  O juiz antes de expulsar de forma grosseira o advogado, não poderia pensar como seria uma sentença dada por ele de toga e, uma sem a toga? O seu jeito de vestir, mudaria o resultado da sentença, uma seria "contenciosa" e a outra não?

Eu, como estudante de direito e autor deste pequeno texto crítico, pergunto-lhes:
A minha ideologia está voltada ao pensamento anarquista, fascista, sofista ou, pode se resumir como um imoral e mal educado estudante? Deixo-lhes um lembrete, a corrupção morre a cada anoitecer e, como ela morre, consequentemente, ela tem que nascer, assim, se faz o preconceito, o racismo e as diferenças sociais...

...Valci Medeiros.

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